Fábula

O gênero textual fábula pode ser definido, resumidamente, como uma narrativa curta, cujos personagens são animais com características humanas e que sempre trazem uma "moral da história" ao final do texto.

No ano de 2008, solicitei aos alunos do 1º ano que escrevessem uma fábula. O aluno Diogo Barreto Rocha, mais um artista da frutífera cidade de São Gabriel, ganhou destaque e reconhecimento de toda turma em virtude do seu texto, transcrito a seguir:

A formiga e o cigarro

No extenso verão nordestino do mês de janeiro, na idosa cidade de Jussara-BA, as formigas de um formigueiro trabalhavam intensamente reservando comida para o "friento" inverno que viria.
Enquanto isso, o folgado cigarro, amante de uma formiga do formigueiro, nem se procupava com a chegada do inverno. Passava dia e noite pulando de galho em galho cantando alegremente apaixonado.
Depois do grande período de trabalho no verão, as formigas com o estoque repleto de alimentos festejavam a chegada do inverno. Compraram cobertas bem quentinhas no estilo encubadora, roupas belas e luxuosas pois se aproximava das festas do aniversário da cidade.
Após dez dias de inverno, o cigarro faminto e quase congelando de frio foi pedir abrigo e comida no formigueiro justamente no dia melhor da festa da cidade. Chegou no formigueiro batendo os queixos e após a formiga abrir a porta disse:
- Ô formiga elegante, me alimenta, minha amante.
A formiga respondeu:
- O que fazia durante o verão, lindo cigarrão?
- Cantava pelos bosques. Respondeu o cigarro.
- Pois hoje é meu dia de cantar, vou pra festa ver Chico Rey e Paraná, disse a formiga com toda ignorância batendo a porta no nariz do cigarro que saiu cantando:
- Doente de fome procurei comida lá no formigueiro, e a formiguinha toda estressada me respondeu: seu vagabundo, o que foi que fez durante o verão? Eu fiquei sorrindo, cantando e dormindo, não fiz nada não, e agora com fome e sem agasalho eu sofro bastante, não ganhei comida nem no formigueiro lá da minha amante. Eu fui desprezado, muito maltratado, ela me xingou, não me deu coberta, comida negou e o nosso romance agora acabou.

Moral: Os fins justificam os meios, quem quer conseguir as coisas tem que fazer por onde.

Diogo Barreto Rocha, aluno do 3º ano do Colégio Cometa.

Boas-vindas!!

Meus caros alunos, é com grande prazer que inauguro este espaço de informação, discussão, dicas e, principlamente, publicação dos textos produzidos por vocês, meus autores preferidos ;)

Um grande beijo da pró "prosa + intectual do mundo" hehehehe :D