12/12/2012

Era uma manhã de quarta-feira quando sai com minha mulher e meus filhos numa lancha alugada para pescar; meus filhos estavam eufóricos e minha mulher, como sempre, preocupada por achar que estar em alto-mar não era o mais adequado para crianças de 4 e 5 anos de idade. Mas eu relutei em levá-las, afinal era uma tradição de família e acreditei que eles já estivessem prontos.
Saímos cedinho da costa e tivemos uma manhã maravilhosa, levamos alguns sanduíches e sucos, e almoçamos em pleno alto-mar. Meus filhos estavam adorando, ensinei-os como se deve colocar a isca no anzol e eu também estava muito feliz de estar com a minha família a não ser pela preocupação que minha mulher denotava no olhar.
Depois do almoço, todos fomos “tirar uma soneca” na cabine e acordamos lá pelas 15:30 h. ao olhar pela janela tive uma surpresa: aquele tempo de sol e poucas nuvens havia se transformado num céu escuro e cinzento, mostrando que a qualquer momento uma tempestade chegaria, e foi o que aconteceu.
Eu sinceramente estava aterrorizado, já que nunca havia enfrentado nada parecido, mas ao mesmo tempo tinha de permanecer calmo para confortar minha família. Foi nesse momento que eu decidi reordenar a rota para voltar a costa e avisar pelo rádio sobre a tempestade que estávamos enfrentando, enquanto minha mulher abraçava e tentava acalmar nossos filhos.
As 18:00h. chegamos ao porto e, apesar de encharcados estávamos bem e felizes por “sair dessa”. Voltamos para casa e durante o jantar demos boas gargalhadas do que havia acontecido hoje, além dos meus filhos me fazerem prometer que os levaria novamente.

Ivã Sousa Júnior, aluno do 2º ano do Colégio Cometa

0 Response to "12/12/2012"

Postar um comentário